Hallo, Leute! Wie geht’s?
Ao aprender um novo idioma, frequentemente somos surpreendidos por regras e estruturas que desafiam nosso próprio entendimento sobre o que é saber uma língua. Por divergirem muito do funcionamento de nosso idioma materno, essas discrepâncias podem ser uma verdadeira “pedra no sapato” de muitos estudantes, mas existem aquelas que têm sua utilidade: por uma razão ou outra, acabam, na verdade, facilitando a nossa aprendizagem. Hoje, vamos te apresentar e desmistificar um desses conceitos: o passado em alemão!
- A noção de passado em alemão
Apesar de desafiadora para os falantes do português, a língua alemã é bastante generosa quanto ao uso de seus tempos verbais, pois em alemão só se tem uma noção de passado. Em outras palavras, diferentemente dos pretéritos em português, que enfatizam a duração exata de uma ação prévia, na língua alemã só se tem uma exigência: que o evento tenha simplesmente acontecido no passado. Ou seja, não existem distinções entre “eu comi”, “eu comia”, “eu tenho comido” etc. Todos os pretéritos em alemão irão se referir ao mesmo conceito geral de passado.
- Perfekt: o passado oral
Grosso modo, se levarmos em consideração um uso cotidiano da língua, somente dispomos de dois pretéritos em alemão: o Perfekt, mais usado na língua oral, e o Präteritum, mais frequentemente empregado na escrita. Vale reiterar que os dois ainda se referem ao mesmo passado, só se diferenciando pelo registro.
A construção do Perfekt depende, em primeiro momento, de um verbo auxiliar, que será colocado na segunda posição da frase: nesse caso, os verbos haben ou sein. Depois de conjugado o auxiliar, acrescentamos o prefixo ge- e o sufixo –t ao verbo principal – na maioria dos casos -, e o posicionamos no final da frase. Essa forma se chama Patizip II. Exemplo:
Gestern | habe | ich | viel | getanzt. – Dancei muito ontem.
1° Posição 2° Posição Última Posição (Partizip II de “tanzen”)
O Partizip II é, porém, bastante irregular. A construção com ge- e -t, apesar de bastante comum, não é a norma. Mas não se preocupem! Nós o explicaremos mais detalhadamente em um texto futuro.
- Präteritum: o passado escrito
A diferença entre o Perfekt e o Präteritum é suscinta: enquanto se associa o Perfekt à fala, o Präteritum é mais reservado à escrita. Alguns seletos verbos, porém, admitirão, na oralidade, mais frequentemente sua forma no Präteritum do que no Perfekt. Como, por exemplo, o verbo sein:
Gestern | war | ich | sehr | müde. – Ontem eu estava muito cansado.
1° Posição 2° Posição (Präteritum de “sein”)
Por enquanto, nos basta saber que os verbos no Präteritum são mais comumente construídos a partir de um radical ao qual é adicionada a terminação -te. Assim, o verbo machen (fazer) se torna, por exemplo, machte.
- Plusquamperfekt: ligando passados
Mesmo que essas duas formas verbais sejam, efetivamente, as únicas em uso corrente na língua alemã, ainda existe um outro tempo verbal que também possibilita a descrição do passado: o Plusquamperfekt. Com ele, conseguimos dar uma ideia de sequencialidade a duas ações prévias, ou seja, especificar qual delas aconteceu primeiro. Exemplo:
Bevor ich zur Uni gekommen bin, | hatte ich die U-Bahn genommen.
Segunda ação Primeira ação
Antes de chegar na universidade, peguei o metrô.
Observe que a primeira frase, que descreve a segunda ação, está conjugada no Perfekt, enquanto a segunda, que exprime a primeira ação, admite uma nova combinação: um auxiliar no Präteritum (hatte) e um verbo principal no Partizip II (genommen). Apesar de bastante útil, porém, o Plusquamperfekt é raramente usado na escrita ou na oralidade.
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Tschüs!
Edificante e ilustre como sempre!! Meu blog linguístico favorito!! Gut gemacht!! 👏👏
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Bem didático e os exemplos ajudam muito. Danke
[…] já explorado em posts anteriores, o alemão possui uma abordagem mais uniforme em relação ao passado comparado ao português, que […]